Programa oferece ensino da robótica, programação, eletrônica e mecânica. Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante estão entre os cinco primeiros municípios goianos beneficiados.

O Instituto Campus Party acaba de inaugurar cinco unidades do Projeto Include em Goiás. O programa, que tem como parceiros o governo do Estado e a Gouvêa Ecosystem, tem o objetivo de disseminar o uso da tecnologia e promover a inclusão social por meio de ferramentas que garantam educação de qualidade e desenvolvam habilidades dentro de um ecossistema totalmente inovador.

Os laboratórios do Include têm mobília e equipamentos de primeira linha para o ensino de robótica, computadores, impressoras 3D, óculos de realidade virtual e drones, entre outros itens.

Os municípios atendidos foram Goiânia, Cavalcante, Luziânia, Alto Paraíso de Goiás e Valparaíso, onde vivem cerca de 880 famílias da comunidade quilombola, conhecida como Kalunga. Nos novos laboratórios, a equipe do Include capacitará, gratuitamente, crianças e jovens com idade entre 12 e 20 anos por meio do ensino da robótica, programação, eletrônica, sensores e mecânica, além de oficinas de empreendedorismo e IoT (Internet das Coisas). A expectativa é atender 1,8 mil estudantes de comunidades carentes locais até 2022.

O presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farrugia, reforça que o Include é um programa que busca incluir jovens de comunidades carentes que não têm acesso à tecnologia e à educação. Em razão da pandemia provocada pela Covid-19, as novas unidades iniciaram as aulas em formato híbrido (presencial e remota), adotando as medidas de proteção e os protocolos de saúde para evitar a contaminação.

“Com a pandemia, redobramos os cuidados e preparamos nossos profissionais para que pudessem levar conhecimento e informação por meio do ensino da robótica, computação e programação para esses jovens dentro das suas comunidades, mesmo à distância, seguindo as medidas de isolamento social”, acrescenta.

Parcerias de sucesso

Desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), o projeto conta ainda com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da ONG Programando o Futuro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Gouvêa Ecosystem.

“Entendo que os e empresários, neste cenário de transformações e incertezas que atravessamos, devem investir tempo, recursos e visão para reconstruirmos o senso de cidadania. Em especial a partir dos mais jovens e para todos os segmentos sociais”, afirma o fundador e diretor-geral da Gouvêa Ecosystem, Marcos Gouvêa de Souza.

Segundo Marcio Cesar Pereira, secretário da Sedi, a parceria com o Instituto promove a transformação social da região e estimula a iniciação tecnológica dos jovens e crianças dentro de um ambiente único de inovação, criatividade, conhecimento e empreendedorismo. “Os laboratórios Include são ambientes de conexão entre os jovens com o futuro e suas profissões e oportunidade de o Governo do Estado fazer a diferença na vida desses talentosos estudantes goianos”, diz.

Mais instalações e beneficiados

Os laboratórios do Include têm mobília e equipamentos de primeira linha para o ensino de robótica, computadores, impressoras 3D, óculos de realidade virtual e drones, entre outros itens. Goiás deve se tornar o Estado com o maior número de estruturas, entre 25 e 30.

“Hoje nós temos laboratórios na Amazônia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande no Norte e Bahia. Mas a maior quantidade, ao final deste ano, vai estar em Goías”, afirma Francesco Ferrugia. Ele destaca que o objetivo final do projeto é implementar até 10 mil laboratórios, impactando adolescentes de todo o Brasil por meio da tecnologia.

Principais beneficiados pelo Include, os estudantes estão empolgados com a iniciativa. Alguns sequer conheciam ou tinham visto os equipamentos utilizados em sala de aula. Outro ponto destacado pelos alunos é o legado que o projeto deixa, mesmo com pouco tempo de atividade na região. “A escola está linda e parecendo de ensino particular; eu amei. Vai ser muito bom também para as futuras gerações que vão estudar aqui”, disse Emilly Thayanne Andrade Félix, de 12 anos, aluna do 7º ano de uma das unidades atendidas.