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Pesquisa faz parte de um estudo internacional que investiga se a vacina BCG tem alguma eficácia contra o coronavírus.

Vacina contra tuberculose vai ser testada contra Covid-19.

Um estudo internacional com a participação do Brasil investigará se é possível prever quem permanece suscetível às variantes do coronavírus, mesmo após ser vacinado contra a Covid-19 ou de já ter contraído o vírus.

Liderado pelo Instituto de Pesquisa Infantil Murdoch (MCRI), na Austrália, o estudo explorará a resposta imune às vacinas contra Covid-19 em profissionais de saúde brasileiros, para encontrar biomarcadores que indiquem se alguém estará protegido – ou permanece em risco de ser infectado se exposto a uma variante do Sars-CoV-2.

A pesquisa é um sub-estudo do BRACE, estudo liderado pelo MCRI com a participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que avalia se a vacina BCG, que previne a tuberculose, pode oferecer alguma proteção contra a Covid-19.

Estudos com a BCG

Cientistas investigam se a vacina BCG oferece proteção contra o coronavírus

Cientistas investigam se a vacina BCG oferece proteção contra o coronavírus

Os estudos do BRACE com a vacina BCG estão na fase 3 e envolvem 6,8 mil voluntários, todos profissionais da saúde que atuam na linha de frente no Brasil, no Reino Unido, na Espanha, na Holanda e na Austrália. A iniciativa tem o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, os testes clínicos começaram em outubro, com três mil voluntários na capital do Rio de Janeiro e em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os participantes estão sendo acompanhados em três etapas: a cada 3, 6 e 12 meses.

Os pesquisadores australianos do instituto Murdoch se basearam em estudos já existentes que mostram que a vacina BCG é eficiente contra outras infecções respiratórias virais além da tuberculose.

Além disso, estudos de 2020 mostraram que países com grande cobertura vacinal da BCG apresentam uma menor mortalidade por coronavírus.

A BCG é uma vacina de rotina aplicada em recém-nascidos, mas pode ser tomada até os quatro anos de idade. Ela é obrigatória no Brasil desde 1976 e está disponível de graça no Sistema Único de Saúde (SUS).

FOTO DE CAPA: Reprodução/Secretaria de Saúde de Feira de Santana

FONTE – G1